“Ser empático é ver o mundo com os olhos do outro, e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele.”

A citação acima, do psicólogo estadunidense Carl Rogers, resume a ideia de empatia. Desde tempos antigos, esta foi posta à mesa para questionamentos, principalmente em relação à diversidade.

Na época do Holocausto, no século XX, inúmeros judeus e outras minorias morreram em campos de concentração nazistas, por exemplo. A crença de que uma raça era superior à outra não abria espaço para a tolerância de diferenças.

Neste artigo, entenda um pouco mais sobre empatia e sobre como lidar com a diversidade mesmo em casos de discordância. Boa leitura!

Mas afinal, você sabe o que é empatia?

De acordo com o dicionário Caldas Aulete, empatia é, entre outras definições, a “experiência pela qual uma pessoa se identifica com outra, tendendo a compreender o que ela pensa e a sentir o que ela sente, ainda que nenhum dos dois o expressem de modo explícito ou objetivo”.

Conseguimos contextualizar facilmente a empatia, ou a falta dela, quando pensamos nos conflitos relacionados às lutas sociais. Quando estamos engajados nessas lutas, seja por meio dos movimentos feminista, étnico, estudantil etc., é comum enfrentarmos grupos com ideologias diversas daquelas que defendemos.

Então, temos duas opções: utilizarmos a empatia ou darmos margem à discriminação e à intolerância, que nos guiam para a violência e exclusão social.

Como usar a empatia para lidar com a diversidade?

De acordo com uma matéria publicada em 2017, no site da revista Carta Capital, de cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. Lemos que “os negros possuem chances 23,5% maiores de serem assassinados em relação a brasileiros de outras raças (…)”.

Quando se trata da comunidade LGBTQIA+, os dados também são alarmantes: a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), em um relatório de 2017, afirma que o Brasil ocupa o primeiro lugar em relação à quantidade de homicídios de LGBTQIA+ nas Américas.

O que isso quer dizer?

Para lidar com a diversidade (de ideologia, raça, orientação sexual etc.), precisamos primeiramente entender que ela é inerente ao ser humano, pois somos diferentes por natureza. Só então conseguiremos nos colocar no lugar do outro.

Leituras de livros e artigos com diferentes perspectivas, diálogos em grupo — pessoalmente ou em fóruns da Web — e reflexões constantes são caminhos para a estruturação de ideias e argumentos sólidos. 

É importante sabermos como defender nossos posicionamentos e fazer com que sejam compreendidos ao mesmo tempo que colocamos a empatia em pauta em nossos diálogos e em nossos atos, mesmo que de forma implícita.

No entanto, ser empático não quer dizer que devemos aceitar ideias ou atitudes violentas, por exemplo, e sim tentar compreender o outro para que possamos saber como agir e resolver conflitos.

Enxergar e aceitar o próximo da forma que ele se apresenta é o primeiro passo para lidar com a diversidade.

Então, como se colocar no lugar do outro?

Há atitudes que podem nos ajudar a lidar com a diversidade e entender melhor como as pessoas se sentem:

  • ouvir com atenção (nada de ouvir apenas esperando a sua vez de falar, ok?);
  • fazer reflexões se colocando no lugar do outro: “Se eu estivesse vivendo a mesma situação, como eu me sentiria? O que eu pensaria? O que eu faria?”;
  • conversar sem julgamentos prévios;
  • aceitar debates nos quais há opiniões diferentes das suas, sabendo que, enquanto houver respeito, haverá espaço para diferentes ideias. 

Esses tipos de atitudes e reflexões nos dão uma impressão momentânea de como seria estar no lugar do outro e nos fazem entender o porquê de algumas pessoas tomarem certas atitudes que, a princípio, parecem erradas ou más. A falta de tolerância, como exemplificado no início do post, já causou graves conflitos.

Utilizando as técnicas acima, conseguimos lidar com a diversidade e colocar a empatia em primeiro lugar ao tentar entender o ponto de vista do próximo enquanto compartilhamos o nosso, seja no dia a dia, seja quando lutamos pelas causas nas quais acreditamos.

Texto aprovado como candidatura de produção de conteúdo para a empresa Rock Content.



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